sábado, 15 de dezembro de 2007

Influência genética nas escolhas económicas



A conclusão é de um estudo de norte-americanos e suecos




Na hora de fazer compras ou negócios a genética influencia mais as opções do que a educação ou o ambiente. A nova descoberta é, no mínimo, revolucionária.


Todos os dias fazemos escolhas que mexem com a carteira, por exemplo, o que comprar no supermercado ou que transporte usar para ir para o trabalho.


Até agora, os cientistas pensavam que estas escolhas económicas tinham por base a educação, a experiência e o ambiente que nos rodeia.


No entanto, um estudo realizado por um grupo de norte americanos e suecos deita por terra essa teoria e conclui que afinal os genes têm o papel principal.


Por outras palavras, o que somos geneticamente decide em boa parte se somos poupados ou gastadores, se temos espírito empreendedor ou queda para a gestão de empresas.


Os cientistas compararam as escolhas feitas por gémeos verdadeiros que têm os mesmos genes com as opções dos chamados gémeos falsos, que são geneticamente diferentes. A conclusão é de que os gémeos verdadeiros usam com maior frequência estratégias idênticas.


O estudo diz mesmo que há uma influência genética de cerca de 40 por cento nas decisões económicas que fazemos todos os dias.


A nova teoria pode revolucionar o ensino da economia e da gestão.




www.sic.pt

Cientistas portugueses distinguidos



Premiados por trabalhos sobre esclerose múltipla e multiplicação de células

A investigação científica nacional está a dar cartas na Europa. Ângelo Chora e Mónica Bettencourt são dois jovens cientistas portugueses que foram distinguidos a nível internacional. Um desenvolveu uma nova terapia sobre esclerose múltipla. O outro trabalhou na área da multiplicação das células.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica que ataca o sistema nervoso central. Não tem cura. Atinge cerca de dois milhões e meio de pessoas em todo o Mundo.

Os sintomas podem ser severos. Aparecem e desaparecem de forma imprevisível. É considerada um mal dos países desenvolvidos.

Ângelo Chora, de 33 anos, descobriu que o monóxido de carbono pode travar a doença. O jovem cientista cria, assim, uma nova esperança para o tratamento da esclerose múltipla. A descoberta valeu-lhe o prémio Citomed.

Mónica Bettencourt acaba de regressar da Alemanha. Tem 34 anos. Foi distinguida com o prémio Eppendorf, pelo trabalho que desenvolve na área da multiplicação das células.

Na opinião da investigadora é falso quando se diz que em Portugal não há condições para se fazer investigação científica. Depois de nove anos a estudar fora do país, Mónica Bettencourt trabalha agora no Instituto Gulbenkian Ciência.

A investigadora já desvendou alguns dos segredos do centrossoma, uma estrutura que ajuda a formar o esqueleto e a multiplicação das células, que muitas vezes está alterada no cancro.

As descobertas, que podem levar a novos métodos de combate ao cancro, mereceram publicação nas mais conceituadas revistas internacionais como a Nature, a Science e Current Biology.

www.sic.pt

Base ibérica para colheita de órgãos

Portugal e Espanha querem criar acordo para facilitar colaboração entre os dois países



Portugal e Espanha vão estabelecer um acordo para facilitar a colheita e transplante de órgãos e tecidos. Só este ano, Portugal já enviou para o país vizinho 20 órgãos, principalmente pulmões.

Neste momento o que existe é uma colaboração informal. A ideia agora é criar uma espécie de base de dados comum para facilitar a troca de órgãos para transplante.

Segundo um despacho governamental divulgado a 19 de Novembro, oito hospitais portugueses foram autorizados a fazer a colheita em vida de órgãos para transplantes, o que estará sempre dependente de um parecer vinculativo e escrito de uma entidade independente.

A lei que abre a possibilidade de doação em vida de órgãos, tecidos ou células para fins terapêuticos ou de transplante a quem queira fazer a doação foi publicada em Junho.


www.sic.pt
Infertilidade Feminina


Ser estéril significa que não existe possibilidade de engravidar devido à ausência da produção de células reprodutoras. A infertilidade não requer a ausência completa da capacidade de produção de células reprodutoras, ou seja existe a possibilidade de engravidar.
  • Infertilidade Primária: o casal nun­ca engravidou antes.
  • Infertilidade Secundária: o casal já teve uma gestação anterior.

O casal infértil é aquele que, com mais de um ano de relações sexuais desprotegidas (sem uso de método anti­concepcional) e frequentes não conse­guiu engravidar.



Confirmado este diagnóstico segue-se uma nova etapa, a procura de causas. A "procura do culpado?" Inicia-se assim uma longa caminhada de análises, testes, de modo a chegar a um diagnóstico final.

Os casais passam a viver na busca de um filho, o que acarreta ansiedade, frustração, podendo até culminar no desespero e até mesmo, eventualmente, num estado depressivo.

A inci­dência de infertilidade é directamente proporcional à idade da mulher, pelo aumento da probabilidade de formação de oócitos com número anormal de cromossomas.

Ausência de ovulação (anovulação). Nes­ses casos, geralmente o ciclo é irregu­lar, o stress acumulado ou disfunções hormonais podem estar na origem do problema. Promover a ovulação é outro dos objectivos do médico, embora nunca se possa dar a total certeza da gravidez imediata.

O útero e as trompas podem ser igualmente um dos motivos de infertilidade. Eventuais tumores nos ovários, bem como a obstrução das trompas são outra das causas de infertilidade.

O muco cervical, responsável pela sobrevivência dos espermatozóides, pode não estar nas melhores condições e provocar a morte destes. Após o tratamento, e tratando-se este de um problema de infecção, as probabilidades de engravidar são amplas.

Os períodos menstruais longos, irregulares e dolorosos podem revelar uma possível existência de tecido uterino na cavidade cervical. A isto se dá o nome de Endometriose que, após um tratamento de alguns meses e, caso a doença não seja muito extensa, pode ser perfeitamente corrigida.

A doença inflamatória pélvica (DIP) engloba o conjunto de doenças infla­matórias do trato genital feminino. Atinge a mulher jovem por volta dos 20 anos. E a complicação mais comum e mais séria da doença sexualmente transmis­sível, causando altos índices de gravi­dez ectópica (fora do útero), dor pélvi­ca crónica e infertilidade.



Os problemas de infertilidade estão aumentar no nosso país. Segundo as estatísticas, 15% dos casais portugueses têm problemas de infertilidade e cada vez aumenta mais o número dos que procuram ajuda nas consultas de Medicina de Reprodução. É na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, que os casais com problemas de infertilidade podem recorrer aos ciclos de fertilização.

Fundamental é investigar as causas que se baseiam em três elementos fundamentais: presença e qualidade dos óvulos, e tracto genital feminino permeável para que os gâmetas se reúnam.


E nunca desistir!!

Trabalhos este período
(Diafragma;Infertilidade Feminina)


Diafragma

Método não natural; método mecânico (barreira):

É uma membrana côncava que é colo­cada na vagina e encobre o colo do útero. É um dispositivo de borracha que tem um aro flexível e que, quando se coloca na vagina, impede que os espermatozóides alcancem o útero. A sua eficácia aumenta quando usado em simultâneo com um espermicida.



Os diafragmas têm diversos tamanhos.O ginecologis­ta mede, com anéis medidores, o tama­nho adequado para cada doente.

Os índices de falha podem ser tão bai­xos quanto 2% e podem ir até 23%. A falha típica por ano é em torno de 18%.


Cuidados com o uso do diafragma:

  • Não existem estudos quanto ao tempo ideal para colocar e retirar o dia­fragma.
  • Após a remoção, o diafragma deve ser lavado em água morna e sabão neutro, seco e guardado no es­tojo.
  • Pode ser pulverizado com pó de ami­do.
  • Não devem ser usa­dos talcos perfumados, nem vaselinaDeve ser medido novamente após um parto, aborto, cirurgia ginecológica, ou sempre que houver diferença no peso corporal.
  • Não deve ser inserido mais de 6 horas antes da relação.
  • Deve ser deixado no local no mínimo 6 horas após a relação, mas não mais do que 24 horas.
  • Não deve ser feita lavagem vaginal após a relação.

Vantagens:

  • Não atrapalha a relação sexual.
  • Protege o colo do útero contra eventuais lesões e infecções durante a relação sexual.
  • Oferece protecção contra algumas DST.
  • Ausência de efeitos indesejáveis relacionados com a administração de hormonas.

Desvantagens:

  • Requer atenção, especialmente em relação às condições de higiene.
  • Requer também alguma prática para que seja utilizado correctamente.
  • Não oferece protecção contra a maior parte das DST, inclusive a SIDA.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Autonomia da ciência hoje?


«As ideias de autonomia da ciência e do desinteresse do conhecimento científico, que durante muito tempo constituíram a ideologia espontânea dos cientistas, colapsaram perante o fenómeno global da industrialização da ciência a partir sobretudo das décadas de trinta e quarenta. Tanto nas sociedades capitalistas como nas sociedades socialistas de Estado do leste europeu, a industrialização da ciência acarretou o compromisso desta com os centros do poder económico, social e político, os quais passaram a ter um papel decisivo na definição das prioridades científicas.
A industrialização da ciência manifestou-se tanto ao nível das aplicações da ciência como ao nível da organização da investigação científica. Quanto às aplicações, as bombas de Hiroshima e Nagasaki foram um sinal trágico, a princípio visto como acidental e fortuito, mas hoje, perante a catástrofe ecológica e o perigo do holocausto nuclear, cada vez mais visto como manifestação de um modo de produção da ciência inclinado a transformar acidentes em ocorrências sistemáticas. "A ciência e a tecnologia têm vindo a revelar-se as duas faces de um processo histórico em que os interesses militares e os interesses económicos vão convergindo até quase à indistinção". No domínio da organização do trabalho científico, a industrialização da ciência produziu dois efeitos principais. Por um lado, a comunidade científica estratificou-se, as relações de poder entre cientistas tornaram-se mais autoritárias e desiguais e a esmagadora maioria dos cientistas foi submetida a um processo de proletarização no interior dos laboratórios e dos centros de investigação. Por outro lado, a investigação capital-intensiva (assente em instrumentos caros e raros) tornou impossível o livre acesso ao equipamento, o que contribuiu para o aprofundamento do fosso, em termos de desenvolvimento científico e tecnológico, entre os países centrais e os países periféricos.»


B. SOUSA SANTOS, Um Discurso sobre as Ciências, Porto, edições Afrontamento, 5ª edição, 1991, pp. 34-35

Problemas Morais

1.
É legitimo manipular formas de vida humana ainda que estas não tenham nascido?

2.
Deve realizar-se uma fecundação estritamente "artificial" quando a natureza não o permitiu?

3.
No caso de uma inseminação com esperma de um dador anónimo: o dador não tem nenhuma responsabilidade sobre o seu filho genético? Não tem o direito de reclamar os seus direitos de paternidade?

4.
Um filho não tem o direito de saber quem é o seu pai e herdar do seu progenitor?

5.
É legitimo que uma mulher leve dentro da sua barriga o filho de outras pessoas? Tem o direito que o ter quando o filho não é seu?

6.
Que pensar quando os embriões congelados são destruídos após a fecundação? Não se está a destruir um potencial ser humano? O que se deve fazer com os que ficam congelados?

7.
É legitimo fazer experiências com embriões humanos?





www.dcmsonline.org/jax-medicine/may2000/ageinf.htm
INJECÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDE (ICSI)





A fertilização por microinjecção (como é o caso da ICSI) constituiu uma revolução nos últimos anos e, finalmente, ofereceu um tratamento viável mesmo para os casos mais difíceis de infertilidade masculina (como por exemplo: baixa quantidade de espermatozóides, baixa mobilidade ou morfologia anormal), evitando assim a inseminação por doador ou adopção.

A ICSI usa os mais poderosos microscópios e "micromanipuladores": os médicos, mantendo um único óvulo humano na extremidade de um fino tubo de sucção, consegue penetrar nesse óvulo com uma agulha (cerca de sete vezes mais fina que um cabelo humano). A agulha coloca no citoplasma do óvulo um único espermatozóide, o qual, a maioria das vezes, tem capacidade de fertilizar o óvulo que, três dias depois, como embrião, pode ser transferido para o útero.

Esse procedimento, embora complexo, é uma excelente alternativa para homens que antes deveriam ter no mínimo 1 milhão de espermatozóides móveis no ejaculado. A ICSI também possibilitou a fertilização de óvulos com espermatozóides que podem ser aspirados do epididímo, técnica conhecida como MESA ou ainda directamente dos testículos através de uma minúscula biópsia - TESA.


Em conclusão, a ICSI veio solucionar a maioria dos casos de infertilidade masculina e também alguns casos de infertilidade sem causa aparente, quando a fertilização não ocorreu por metodologia mais simples.

www.inciid.org/icsi.html
O Primeiro Bebé


O nascimento de Louise Brown em 1978 (Steptoe & Edwards, 1978), a primeira criança concebida após fertilização in vitro e transferência de embrião, marcou o início de uma era de extraordinário progresso no entendimento e tratamento dos problemas relacionados à fertilidade humana.

Originalmente a fertilização in vitro seguida de transferência de embriões (FIV-TE) foi proposta para o tratamento dos casos de infertilidade tubária, ou seja, para aquelas pacientes em que as trompas estavam ausentes ou irreparavelmente obstruídas.

O aprimoramento das técnicas de FIV ampliou as suas indicações e permitiu o seu uso para o tratamento da infertilidade de outras etiologias.

A fertilização in vitro, muitas vezes denominada "Bebé Proveta", deve-se ao facto da fecundação do óvulo pelo espermatozóide ocorrer fora do corpo, em laboratório, ou seja, in vitro.

www.medicine.uiowa.edu/malefertilily/vasrev.htm
Criopreservação de embriões



Indicações:
Embriões excedentários de FIV/ICSI.

A criopreservação de embriões excedentários é muito útil para os casais, porque evita uma nova estimulação ovárica da paciente, o que diminui os riscos para a sua saúde e alivia os encargos financeiros da RMA por não necessitar de um novo ciclo de estimulação ovárica.

Por geralmente se efectuar uma estimulação suave do ovário, com uma média de 6-8 ovócitos maduros por ciclo de tratamento, quer por se efectuar cultura prolongada de embriões até à fase de blastocisto sempre que tal é possível, a maioria dos casais não tem embriões excedentários para criopreservação.

Os embriões excedentários podem não ser criopreservados nos casos em que o casal não deseja a criopreservação ou não deseja outro bebé.

A criopreservação de embriões é pouco frequente e os embriões criopreservados são na sua maioria reutilizados pelos casais.

Entre 1997-2003, de 3.000 ciclos só 196 (7%) efectuaram criopreservação de embriões (382 embriões).

Em 63% dos ciclos de criopreservação, 57% dos embriões foram descongelados e reutilizados após 6 meses, e os embriões restantes foram utilizados pelos casais 3 anos após a gravidez alcançada.

Os embriões excedentários criopreservados destinam-se a ser transferidos para o útero da paciente nos 6 meses seguintes em caso de falha de gravidez, ou nos 3 anos seguintes após o nascimento da criança no caso de o casal ter alcançado a gravidez na tentativa.

Taxa de sobrevida na descongelação: 50-70%.

Taxa de gravidez: 10-15% inferior à obtida com embriões frescos.




www.fertilityplus.org/faq/infertility.html
Fertilização In Vitro

Este é o procedimento de concepção assistidas mais utilizado no mundo. A IVF envolve a remoção cirurgica de um ou mais óvulos do ovário, sua fertilização laboratorial com espermatozóides do parceiro masculino e posterior transferência de uma pequena selecção dos embriões resultantes para o útero a fim de ocorrer implementação e gravidez.

Indicações Femininas
Disfunção ovulatória moderada a severa; Obstrução tubar; Falhas de gravidez após ciclos de IIU.

Indicações Masculinas
Défice ligeiro da qualidade do sémen.

Indução do crescimento folicular (hiperestimulação controlada do ovário)
Indução do crescimento folicular com a administração subcutânea das hormonas antagonista/agonista hipotalâmico e rFSH. O crescimento folicular é monotorizado por análises sanguíneas (estradiol) e ecografias, cujos resultados também permitem ajustar as doses dos medicamentos. Geralmente demora 1-2 semanas. Há boa resposta quando vários folículos (3-8 por ovário) atingem 17 mm.

Riscos
Síndrome de hiperestimulação do ovário (<5%).(>95%) não necessita de internamento hospitalar.

Indução da maturação ovocitária e da ovulação
Administração da hormona hCG ou rLH (injecção única intramuscular) quando os folículos atingem 17 mm. Sob a sua acção, ocorre a maturação genética dos ovócitos e o crescimento final dos folículos até 20-30 mm de diâmetro.

Técnica laboratorial da FIV
Numa placa de cultura, colocam-se os folículos e espermatozóides (fracção swim-up) numa concentração de 50.000 por folículo ou por mL. A fecundação e o desenvolvimento embrionário ocorrem in vitro numa incubadora.


Transferência de embriões
Os embriões são transferidos para a cavidade uterina (transferência intra-uterina) num catéter, sob controle ecográfico. É um processo indolor que demora cerca de 5 minutos. Os embriões são libertados 1 cm abaixo do fundo uterino, à saída das trompas. Após a transferência, o catéter é avaliado no laboratório para confirmar que os embriões foram correctamente depositados na cavidade uterina. Nos casos em que não se consegue introduzir o catéter no colo uterino e nos casos em que os embriões não implantam por anomalia molecular dos receptores do endométrio, pode efectuar-se a introdução dos embriões directamente no endométrio (transferência trans-endometrial). Neste caso, a taxa de gravidez é menor devido à reacção inflamatória da picada. Trata-se de um procedimento indolor e sem complicações, efectuando-se sob controle ecográfico.

A transferência de embriões não corresponde à implantação. A implantação embrionária é um processo natural que ocorre ao 8º dia do desenvolvimento embrionário pré-implantação. Ou seja, se a mulher efectuar a transferência embrionária ao 3º dia, os embriões permanecem na cavidade uterina a desenvolverem-se até ao 8º dia, altura em que, eventualmente, adquirem a capacidade de penetrarem para dentro do endométrio.


www.malereproduction.com/index2.html

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O SISTEMA ENDÓCRINO


Para controlar e coordenar os órgãos à distância e transmitir mensagens, o corpo segue duas vias. Uma são os nervos, cabos de conexão directa entre os centros de controle e os destinatá­rios das mensagens. A segunda são as hormonas, verdadeiras mensageiras moleculares produzidas por órgãos especializados, as glândulas endócrinas, que as derramam no sangue.


A via hormonal, mais lenta do que a nervosa, tem a caracterís­tica de fazer chegar a mensagem a todas as partes do corpo. Por isso é que as glândulas regulam processos que afectam todo o corpo, como o crescimento, o metabolismo ou a resistência ao stress. Algumas hormonas mantêm inalteradas as condições in­ternas do organismo e outras servem para funções especiais, como a reprodução.


Todas as hormonas actuam em ligação com moléculas espe­ciais presentes na superfície das células dos vários órgãos, mo­dificando a sua actividade.


A “sinfonia” endócrina, ou seja, o funcionamento de todas as glândulas, é dirigida pela hipófise, uma pequena glândula alo­jada numa cavidade na base do crânio, imediatamente abaixo do cérebro. A hipófise produz diversas hormonas. Algumas de­las têm efeitos directos, actuando portanto sem a intermedia­ção de qualquer outra hormona: é o caso da hormona do cres­cimento, que regula o crescimento do corpo, ou da vasopressina, que aumenta a pressão do sangue. Há outras hor­monas, contudo, que regulam a actividade das outras glându­las.


A produção hormonal pode também ser estimulada por um fe­nómeno físico ou químico, como por exemplo a variação de determinada substância no sangue. Em relação a outras partes do corpo, e apesar da sua grande importância, as glândulas en­dó crinas têm uma massa muito reduzida: no seu conjunto não pesam mais de 150 gramas .





O CICLO MENSTRUAL


As transformações periódicas do útero conduzi das pelas hormo­nas produzidas pelas células do folículo representam o ciclo menstrual. No início da adolescência a mulher tem uma larga re­serva de folículos. Cada 28 dias alguns deles desenvolvem-se e produzem as hormonas femininas, que actuam sobre a parede in­terna do útero, a mucosa, que se torna mais espessa. No fim do crescimento, quando produz sobretudo hormonas estrogénias, um folículo rebenta e liberta o óvulo contido no interior, que en­tra na trompa. Empurrado pelas contracções da parede, o óvulo chega ao útero. O folículo aumentado e sem óvulo, chamado corpo amarelo, continua durante alguns dias a produzir hormo­nas, sobretudo progesterona. Quando a produção pára, a muco­sa uterina fende-se e ocorre uma hemorragia, a menstruação, que dura geralmente 4 dias. Para seguir as fases do ciclo toma-se co­mo referência o primeiro dia da menstruação, considerado o pri­meiro dia do ciclo. O rebentamento do folículo, a ovulação, ocorre geralmente no décimo quarto dia. Se durante a passagem pela trompa encontra o esperma, o óvulo pode ser fecundado e desenvolver-se num embrião. Caso contrário morre e é expulso com a menstruação.






O ciclo menstrual é controlado pela hipófise. Nos primeiros 14 dias esta produz quantidades cada vez maiores primeiro de hormonas estimulantes dos folículos, que contribuem para a matu­ração de mais folículos, e depois de hormonas luteinizantes, que fazem rebentar um deles. Estas últimas controlam ainda a trans­formação do folículo em corpo amarelo e a sua sobrevivência na segunda metade do ciclo. Quando a hipófise deixa de as produ­zir, em poucos dias o corpo amarelo degenera, dando origem à menstruação.



OS ÓRGÃOS SEXUAIS FEMININOS



O aparelho reprodutor feminino é formado de modo a cumprir duas funções: a relação sexual, por um lado, e, por outro, o de­senvolvimento do embrião durante os nove meses de gravidez, depois do encontro entre o óvulo e o espermatozóide.

As células reprodutoras femininas, chamadas óvulos, são produ­zidos nos ovários, duas formações ovais situadas no abdómen. No ovário, cada célula-óvulo é envolvida por várias centenas de células de apoio, que produzem as hormonas femininas: juntas formam o folículo.

Os ovários estão ligados através de dois tubos, as trompas, ao úte­ro, um órgão oco em forma de pêra destinado a receber o zigo­to, ou seja, o óvulo fecundado, e a permitir o seu desenvolvi­mento até ao fim da gravidez. O útero, que tem uma parede muscular espessa e um revestimento interno rico em vasos san­guíneos e glândulas mucosas, continua em baixo com a vagina, um canal muscular dilatável que recebe o pénis durante a relação sexual.





O óvulo tem
um diâmetro de
120 milésimos de milímetro, 250 vezes maior do que o de
um espermatozóide,
e é envolvido por vários milhares de células mais pequenas, que têm como função protegê-lo e alimentá-lo até ao momento
de implantação no útero, que ocorre cerca de três dias depois da fecundação.


Na mulher a produção de óvulos começa logo depois da puber­dade e ocorre de uma forma não contínua, mas cíclica. Cada 28 a 30 dias desenvolvem-se alguns folículos, que produzem tam­bém os estrogénios e a progesterona, as hormonas responsáveis pelas características sexuais secundárias femininas: o desenvolvi­mento dos seios, dos pêlos segundo a distribuição específica da mulher, e do corpo em geral.




sexta-feira, 21 de setembro de 2007

OS ÓRGÃOS SEXUAIS MASCULINOS


A função biológica fundamental do sistema reprodutor é a de gerar filhos, mas dele depende também a actividade sexual.

As células reprodutoras do homem, os espermatozóides, for­mam-se continuamente nos testículos. Os espermatozóides são expelidos através do pénis, que durante a relação sexual au­menta e endurece para penetrar a vagina da mulher. Esta alte­ração, a erecção, deve-se a um forte afluxo de sangue no inte­rior dos corpos cavernosos, formações venosas especiais constituídas por tecido esponjoso.

Em caso de estimulação se­xual, as pequenas artérias que para aí levam o sangue dilatam-­se, enquanto as veias efluentes se contraem, de forma que o sangue estanca no interior dos corpos cavernosos e os dilata. Os espermatozóides são canalizados ao longo de um tubo e, juntamente com as secreções da próstata e das vesículas semi­nais, formam o esperma, o líquido seminal, que é expelido, ou ejaculado, no momento do orgasmo, a fase máxima da excita­ção sexual.

A produção de espermatozóides no homem come­ça logo depois da puberdade, a idade do desenvolvimento se­xual, e continua até uma idade avançada.

Nos testículos existem também zonas produtoras de hormonas, as células de Leydig, que são uma verdadeira glândula endócrina. É aqui que se produz a testosterona, a principal hormona masculina, responsável pelas características sexuais secundárias do homem, como o crescimento da barba e dos pêlos, o desenvolvimento de ossos e músculos, e a voz mais grossa.




Nota:
o esperma é composto por uma parte líquida e nutritiva, o plasma seminal, e por células, os espermatozóides. Semelhantes a girinos microscópicos, nadam com a cauda no muco presente no útero e na trompa. Em cada ejaculação são expulsos cerca de 300 milhões de espermatozóides.









UM MAMÍFERO MUITO ESPECIAL

Os quase seis biliões de homens e mulheres que vivem no nosso planeta pertencem todos à mesma espécie animal: Homo sa­piens.

Como todos os animais, também nós ocupamos um lugar bem determinado na classificação dos organismos vivos. Os zoó­logos incluem-nos assim no subtipo dos vertebrados, porque possuímos uma coluna vertebral e um esqueleto interno; na clas­se dos mamíferos, porque alimentamos as nossas "crias" com leite produzido pelas glândulas mamárias; e, dentro dos mamífe­ros, na ordem dos primatas, à qual pertencem também os macacos. Em relação aos nossos parentes mais próximos no reino mal, porém, temos alguma coisa de especial, a começar pelo aspecto exterior.

O Homem é o mamífero com pêlos mais pequenos e mais ralos Para além disso, é entre os primatas o único que consegue manter-se em pé e movimentar-se apenas sobre as "patas" posteriores. Deste modo, as mãos livres podem ser usadas para transportar o manipular objectos.
Há outras particularidades que são menos evidentes, mas não menos importantes. Somos, por exemplo, praticamente os únicos primatas capazes de comer todos os tipos de alimentos, quer de origem animal, quer de origem vegetal, e quase os únicos animais que acasalam e podem ter filhos em qualquer altura do ano. Estamos também entre os animais que podem viver durante mais tempo.

Mas, mais do que qualquer outra coisa, aquilo que nos distingue dos outros animais são duas características: graças a adaptações especiais do aparelho respiratório somos capazes de falar, dispondo assim de uma linguagem que permite transmitir de uma pessoa para outra informações muito elaboradas; e possuímos cérebro de uma enorme complexidade, centro daquelas capacidades a que chamamos inteligência e que é talvez a mais extraor­dinária maravilha do universo.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

De novo de volta

Olá a todos,

Apresento-vos o meu blog a desenvolver no âmbito da disciplina de Biologia12º.
Espero conseguir corresponder às espectativas e postar informação do interesse de todos.

Um bom ano,

Ângela Soares.