Cientistas portugueses distinguidos
Premiados por trabalhos sobre esclerose múltipla e multiplicação de células
A investigação científica nacional está a dar cartas na Europa. Ângelo Chora e Mónica Bettencourt são dois jovens cientistas portugueses que foram distinguidos a nível internacional. Um desenvolveu uma nova terapia sobre esclerose múltipla. O outro trabalhou na área da multiplicação das células.
A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica que ataca o sistema nervoso central. Não tem cura. Atinge cerca de dois milhões e meio de pessoas em todo o Mundo.
Os sintomas podem ser severos. Aparecem e desaparecem de forma imprevisível. É considerada um mal dos países desenvolvidos.
Ângelo Chora, de 33 anos, descobriu que o monóxido de carbono pode travar a doença. O jovem cientista cria, assim, uma nova esperança para o tratamento da esclerose múltipla. A descoberta valeu-lhe o prémio Citomed.
Mónica Bettencourt acaba de regressar da Alemanha. Tem 34 anos. Foi distinguida com o prémio Eppendorf, pelo trabalho que desenvolve na área da multiplicação das células.
Na opinião da investigadora é falso quando se diz que em Portugal não há condições para se fazer investigação científica. Depois de nove anos a estudar fora do país, Mónica Bettencourt trabalha agora no Instituto Gulbenkian Ciência.
A investigadora já desvendou alguns dos segredos do centrossoma, uma estrutura que ajuda a formar o esqueleto e a multiplicação das células, que muitas vezes está alterada no cancro.
As descobertas, que podem levar a novos métodos de combate ao cancro, mereceram publicação nas mais conceituadas revistas internacionais como a Nature, a Science e Current Biology.
www.sic.pt
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