sábado, 15 de dezembro de 2007

Influência genética nas escolhas económicas



A conclusão é de um estudo de norte-americanos e suecos




Na hora de fazer compras ou negócios a genética influencia mais as opções do que a educação ou o ambiente. A nova descoberta é, no mínimo, revolucionária.


Todos os dias fazemos escolhas que mexem com a carteira, por exemplo, o que comprar no supermercado ou que transporte usar para ir para o trabalho.


Até agora, os cientistas pensavam que estas escolhas económicas tinham por base a educação, a experiência e o ambiente que nos rodeia.


No entanto, um estudo realizado por um grupo de norte americanos e suecos deita por terra essa teoria e conclui que afinal os genes têm o papel principal.


Por outras palavras, o que somos geneticamente decide em boa parte se somos poupados ou gastadores, se temos espírito empreendedor ou queda para a gestão de empresas.


Os cientistas compararam as escolhas feitas por gémeos verdadeiros que têm os mesmos genes com as opções dos chamados gémeos falsos, que são geneticamente diferentes. A conclusão é de que os gémeos verdadeiros usam com maior frequência estratégias idênticas.


O estudo diz mesmo que há uma influência genética de cerca de 40 por cento nas decisões económicas que fazemos todos os dias.


A nova teoria pode revolucionar o ensino da economia e da gestão.




www.sic.pt

Cientistas portugueses distinguidos



Premiados por trabalhos sobre esclerose múltipla e multiplicação de células

A investigação científica nacional está a dar cartas na Europa. Ângelo Chora e Mónica Bettencourt são dois jovens cientistas portugueses que foram distinguidos a nível internacional. Um desenvolveu uma nova terapia sobre esclerose múltipla. O outro trabalhou na área da multiplicação das células.

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica que ataca o sistema nervoso central. Não tem cura. Atinge cerca de dois milhões e meio de pessoas em todo o Mundo.

Os sintomas podem ser severos. Aparecem e desaparecem de forma imprevisível. É considerada um mal dos países desenvolvidos.

Ângelo Chora, de 33 anos, descobriu que o monóxido de carbono pode travar a doença. O jovem cientista cria, assim, uma nova esperança para o tratamento da esclerose múltipla. A descoberta valeu-lhe o prémio Citomed.

Mónica Bettencourt acaba de regressar da Alemanha. Tem 34 anos. Foi distinguida com o prémio Eppendorf, pelo trabalho que desenvolve na área da multiplicação das células.

Na opinião da investigadora é falso quando se diz que em Portugal não há condições para se fazer investigação científica. Depois de nove anos a estudar fora do país, Mónica Bettencourt trabalha agora no Instituto Gulbenkian Ciência.

A investigadora já desvendou alguns dos segredos do centrossoma, uma estrutura que ajuda a formar o esqueleto e a multiplicação das células, que muitas vezes está alterada no cancro.

As descobertas, que podem levar a novos métodos de combate ao cancro, mereceram publicação nas mais conceituadas revistas internacionais como a Nature, a Science e Current Biology.

www.sic.pt

Base ibérica para colheita de órgãos

Portugal e Espanha querem criar acordo para facilitar colaboração entre os dois países



Portugal e Espanha vão estabelecer um acordo para facilitar a colheita e transplante de órgãos e tecidos. Só este ano, Portugal já enviou para o país vizinho 20 órgãos, principalmente pulmões.

Neste momento o que existe é uma colaboração informal. A ideia agora é criar uma espécie de base de dados comum para facilitar a troca de órgãos para transplante.

Segundo um despacho governamental divulgado a 19 de Novembro, oito hospitais portugueses foram autorizados a fazer a colheita em vida de órgãos para transplantes, o que estará sempre dependente de um parecer vinculativo e escrito de uma entidade independente.

A lei que abre a possibilidade de doação em vida de órgãos, tecidos ou células para fins terapêuticos ou de transplante a quem queira fazer a doação foi publicada em Junho.


www.sic.pt
Infertilidade Feminina


Ser estéril significa que não existe possibilidade de engravidar devido à ausência da produção de células reprodutoras. A infertilidade não requer a ausência completa da capacidade de produção de células reprodutoras, ou seja existe a possibilidade de engravidar.
  • Infertilidade Primária: o casal nun­ca engravidou antes.
  • Infertilidade Secundária: o casal já teve uma gestação anterior.

O casal infértil é aquele que, com mais de um ano de relações sexuais desprotegidas (sem uso de método anti­concepcional) e frequentes não conse­guiu engravidar.



Confirmado este diagnóstico segue-se uma nova etapa, a procura de causas. A "procura do culpado?" Inicia-se assim uma longa caminhada de análises, testes, de modo a chegar a um diagnóstico final.

Os casais passam a viver na busca de um filho, o que acarreta ansiedade, frustração, podendo até culminar no desespero e até mesmo, eventualmente, num estado depressivo.

A inci­dência de infertilidade é directamente proporcional à idade da mulher, pelo aumento da probabilidade de formação de oócitos com número anormal de cromossomas.

Ausência de ovulação (anovulação). Nes­ses casos, geralmente o ciclo é irregu­lar, o stress acumulado ou disfunções hormonais podem estar na origem do problema. Promover a ovulação é outro dos objectivos do médico, embora nunca se possa dar a total certeza da gravidez imediata.

O útero e as trompas podem ser igualmente um dos motivos de infertilidade. Eventuais tumores nos ovários, bem como a obstrução das trompas são outra das causas de infertilidade.

O muco cervical, responsável pela sobrevivência dos espermatozóides, pode não estar nas melhores condições e provocar a morte destes. Após o tratamento, e tratando-se este de um problema de infecção, as probabilidades de engravidar são amplas.

Os períodos menstruais longos, irregulares e dolorosos podem revelar uma possível existência de tecido uterino na cavidade cervical. A isto se dá o nome de Endometriose que, após um tratamento de alguns meses e, caso a doença não seja muito extensa, pode ser perfeitamente corrigida.

A doença inflamatória pélvica (DIP) engloba o conjunto de doenças infla­matórias do trato genital feminino. Atinge a mulher jovem por volta dos 20 anos. E a complicação mais comum e mais séria da doença sexualmente transmis­sível, causando altos índices de gravi­dez ectópica (fora do útero), dor pélvi­ca crónica e infertilidade.



Os problemas de infertilidade estão aumentar no nosso país. Segundo as estatísticas, 15% dos casais portugueses têm problemas de infertilidade e cada vez aumenta mais o número dos que procuram ajuda nas consultas de Medicina de Reprodução. É na Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, que os casais com problemas de infertilidade podem recorrer aos ciclos de fertilização.

Fundamental é investigar as causas que se baseiam em três elementos fundamentais: presença e qualidade dos óvulos, e tracto genital feminino permeável para que os gâmetas se reúnam.


E nunca desistir!!

Trabalhos este período
(Diafragma;Infertilidade Feminina)


Diafragma

Método não natural; método mecânico (barreira):

É uma membrana côncava que é colo­cada na vagina e encobre o colo do útero. É um dispositivo de borracha que tem um aro flexível e que, quando se coloca na vagina, impede que os espermatozóides alcancem o útero. A sua eficácia aumenta quando usado em simultâneo com um espermicida.



Os diafragmas têm diversos tamanhos.O ginecologis­ta mede, com anéis medidores, o tama­nho adequado para cada doente.

Os índices de falha podem ser tão bai­xos quanto 2% e podem ir até 23%. A falha típica por ano é em torno de 18%.


Cuidados com o uso do diafragma:

  • Não existem estudos quanto ao tempo ideal para colocar e retirar o dia­fragma.
  • Após a remoção, o diafragma deve ser lavado em água morna e sabão neutro, seco e guardado no es­tojo.
  • Pode ser pulverizado com pó de ami­do.
  • Não devem ser usa­dos talcos perfumados, nem vaselinaDeve ser medido novamente após um parto, aborto, cirurgia ginecológica, ou sempre que houver diferença no peso corporal.
  • Não deve ser inserido mais de 6 horas antes da relação.
  • Deve ser deixado no local no mínimo 6 horas após a relação, mas não mais do que 24 horas.
  • Não deve ser feita lavagem vaginal após a relação.

Vantagens:

  • Não atrapalha a relação sexual.
  • Protege o colo do útero contra eventuais lesões e infecções durante a relação sexual.
  • Oferece protecção contra algumas DST.
  • Ausência de efeitos indesejáveis relacionados com a administração de hormonas.

Desvantagens:

  • Requer atenção, especialmente em relação às condições de higiene.
  • Requer também alguma prática para que seja utilizado correctamente.
  • Não oferece protecção contra a maior parte das DST, inclusive a SIDA.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Autonomia da ciência hoje?


«As ideias de autonomia da ciência e do desinteresse do conhecimento científico, que durante muito tempo constituíram a ideologia espontânea dos cientistas, colapsaram perante o fenómeno global da industrialização da ciência a partir sobretudo das décadas de trinta e quarenta. Tanto nas sociedades capitalistas como nas sociedades socialistas de Estado do leste europeu, a industrialização da ciência acarretou o compromisso desta com os centros do poder económico, social e político, os quais passaram a ter um papel decisivo na definição das prioridades científicas.
A industrialização da ciência manifestou-se tanto ao nível das aplicações da ciência como ao nível da organização da investigação científica. Quanto às aplicações, as bombas de Hiroshima e Nagasaki foram um sinal trágico, a princípio visto como acidental e fortuito, mas hoje, perante a catástrofe ecológica e o perigo do holocausto nuclear, cada vez mais visto como manifestação de um modo de produção da ciência inclinado a transformar acidentes em ocorrências sistemáticas. "A ciência e a tecnologia têm vindo a revelar-se as duas faces de um processo histórico em que os interesses militares e os interesses económicos vão convergindo até quase à indistinção". No domínio da organização do trabalho científico, a industrialização da ciência produziu dois efeitos principais. Por um lado, a comunidade científica estratificou-se, as relações de poder entre cientistas tornaram-se mais autoritárias e desiguais e a esmagadora maioria dos cientistas foi submetida a um processo de proletarização no interior dos laboratórios e dos centros de investigação. Por outro lado, a investigação capital-intensiva (assente em instrumentos caros e raros) tornou impossível o livre acesso ao equipamento, o que contribuiu para o aprofundamento do fosso, em termos de desenvolvimento científico e tecnológico, entre os países centrais e os países periféricos.»


B. SOUSA SANTOS, Um Discurso sobre as Ciências, Porto, edições Afrontamento, 5ª edição, 1991, pp. 34-35

Problemas Morais

1.
É legitimo manipular formas de vida humana ainda que estas não tenham nascido?

2.
Deve realizar-se uma fecundação estritamente "artificial" quando a natureza não o permitiu?

3.
No caso de uma inseminação com esperma de um dador anónimo: o dador não tem nenhuma responsabilidade sobre o seu filho genético? Não tem o direito de reclamar os seus direitos de paternidade?

4.
Um filho não tem o direito de saber quem é o seu pai e herdar do seu progenitor?

5.
É legitimo que uma mulher leve dentro da sua barriga o filho de outras pessoas? Tem o direito que o ter quando o filho não é seu?

6.
Que pensar quando os embriões congelados são destruídos após a fecundação? Não se está a destruir um potencial ser humano? O que se deve fazer com os que ficam congelados?

7.
É legitimo fazer experiências com embriões humanos?





www.dcmsonline.org/jax-medicine/may2000/ageinf.htm
INJECÇÃO INTRACITOPLASMÁTICA DE ESPERMATOZÓIDE (ICSI)





A fertilização por microinjecção (como é o caso da ICSI) constituiu uma revolução nos últimos anos e, finalmente, ofereceu um tratamento viável mesmo para os casos mais difíceis de infertilidade masculina (como por exemplo: baixa quantidade de espermatozóides, baixa mobilidade ou morfologia anormal), evitando assim a inseminação por doador ou adopção.

A ICSI usa os mais poderosos microscópios e "micromanipuladores": os médicos, mantendo um único óvulo humano na extremidade de um fino tubo de sucção, consegue penetrar nesse óvulo com uma agulha (cerca de sete vezes mais fina que um cabelo humano). A agulha coloca no citoplasma do óvulo um único espermatozóide, o qual, a maioria das vezes, tem capacidade de fertilizar o óvulo que, três dias depois, como embrião, pode ser transferido para o útero.

Esse procedimento, embora complexo, é uma excelente alternativa para homens que antes deveriam ter no mínimo 1 milhão de espermatozóides móveis no ejaculado. A ICSI também possibilitou a fertilização de óvulos com espermatozóides que podem ser aspirados do epididímo, técnica conhecida como MESA ou ainda directamente dos testículos através de uma minúscula biópsia - TESA.


Em conclusão, a ICSI veio solucionar a maioria dos casos de infertilidade masculina e também alguns casos de infertilidade sem causa aparente, quando a fertilização não ocorreu por metodologia mais simples.

www.inciid.org/icsi.html
O Primeiro Bebé


O nascimento de Louise Brown em 1978 (Steptoe & Edwards, 1978), a primeira criança concebida após fertilização in vitro e transferência de embrião, marcou o início de uma era de extraordinário progresso no entendimento e tratamento dos problemas relacionados à fertilidade humana.

Originalmente a fertilização in vitro seguida de transferência de embriões (FIV-TE) foi proposta para o tratamento dos casos de infertilidade tubária, ou seja, para aquelas pacientes em que as trompas estavam ausentes ou irreparavelmente obstruídas.

O aprimoramento das técnicas de FIV ampliou as suas indicações e permitiu o seu uso para o tratamento da infertilidade de outras etiologias.

A fertilização in vitro, muitas vezes denominada "Bebé Proveta", deve-se ao facto da fecundação do óvulo pelo espermatozóide ocorrer fora do corpo, em laboratório, ou seja, in vitro.

www.medicine.uiowa.edu/malefertilily/vasrev.htm
Criopreservação de embriões



Indicações:
Embriões excedentários de FIV/ICSI.

A criopreservação de embriões excedentários é muito útil para os casais, porque evita uma nova estimulação ovárica da paciente, o que diminui os riscos para a sua saúde e alivia os encargos financeiros da RMA por não necessitar de um novo ciclo de estimulação ovárica.

Por geralmente se efectuar uma estimulação suave do ovário, com uma média de 6-8 ovócitos maduros por ciclo de tratamento, quer por se efectuar cultura prolongada de embriões até à fase de blastocisto sempre que tal é possível, a maioria dos casais não tem embriões excedentários para criopreservação.

Os embriões excedentários podem não ser criopreservados nos casos em que o casal não deseja a criopreservação ou não deseja outro bebé.

A criopreservação de embriões é pouco frequente e os embriões criopreservados são na sua maioria reutilizados pelos casais.

Entre 1997-2003, de 3.000 ciclos só 196 (7%) efectuaram criopreservação de embriões (382 embriões).

Em 63% dos ciclos de criopreservação, 57% dos embriões foram descongelados e reutilizados após 6 meses, e os embriões restantes foram utilizados pelos casais 3 anos após a gravidez alcançada.

Os embriões excedentários criopreservados destinam-se a ser transferidos para o útero da paciente nos 6 meses seguintes em caso de falha de gravidez, ou nos 3 anos seguintes após o nascimento da criança no caso de o casal ter alcançado a gravidez na tentativa.

Taxa de sobrevida na descongelação: 50-70%.

Taxa de gravidez: 10-15% inferior à obtida com embriões frescos.




www.fertilityplus.org/faq/infertility.html
Fertilização In Vitro

Este é o procedimento de concepção assistidas mais utilizado no mundo. A IVF envolve a remoção cirurgica de um ou mais óvulos do ovário, sua fertilização laboratorial com espermatozóides do parceiro masculino e posterior transferência de uma pequena selecção dos embriões resultantes para o útero a fim de ocorrer implementação e gravidez.

Indicações Femininas
Disfunção ovulatória moderada a severa; Obstrução tubar; Falhas de gravidez após ciclos de IIU.

Indicações Masculinas
Défice ligeiro da qualidade do sémen.

Indução do crescimento folicular (hiperestimulação controlada do ovário)
Indução do crescimento folicular com a administração subcutânea das hormonas antagonista/agonista hipotalâmico e rFSH. O crescimento folicular é monotorizado por análises sanguíneas (estradiol) e ecografias, cujos resultados também permitem ajustar as doses dos medicamentos. Geralmente demora 1-2 semanas. Há boa resposta quando vários folículos (3-8 por ovário) atingem 17 mm.

Riscos
Síndrome de hiperestimulação do ovário (<5%).(>95%) não necessita de internamento hospitalar.

Indução da maturação ovocitária e da ovulação
Administração da hormona hCG ou rLH (injecção única intramuscular) quando os folículos atingem 17 mm. Sob a sua acção, ocorre a maturação genética dos ovócitos e o crescimento final dos folículos até 20-30 mm de diâmetro.

Técnica laboratorial da FIV
Numa placa de cultura, colocam-se os folículos e espermatozóides (fracção swim-up) numa concentração de 50.000 por folículo ou por mL. A fecundação e o desenvolvimento embrionário ocorrem in vitro numa incubadora.


Transferência de embriões
Os embriões são transferidos para a cavidade uterina (transferência intra-uterina) num catéter, sob controle ecográfico. É um processo indolor que demora cerca de 5 minutos. Os embriões são libertados 1 cm abaixo do fundo uterino, à saída das trompas. Após a transferência, o catéter é avaliado no laboratório para confirmar que os embriões foram correctamente depositados na cavidade uterina. Nos casos em que não se consegue introduzir o catéter no colo uterino e nos casos em que os embriões não implantam por anomalia molecular dos receptores do endométrio, pode efectuar-se a introdução dos embriões directamente no endométrio (transferência trans-endometrial). Neste caso, a taxa de gravidez é menor devido à reacção inflamatória da picada. Trata-se de um procedimento indolor e sem complicações, efectuando-se sob controle ecográfico.

A transferência de embriões não corresponde à implantação. A implantação embrionária é um processo natural que ocorre ao 8º dia do desenvolvimento embrionário pré-implantação. Ou seja, se a mulher efectuar a transferência embrionária ao 3º dia, os embriões permanecem na cavidade uterina a desenvolverem-se até ao 8º dia, altura em que, eventualmente, adquirem a capacidade de penetrarem para dentro do endométrio.


www.malereproduction.com/index2.html