domingo, 9 de dezembro de 2007

Fertilização In Vitro

Este é o procedimento de concepção assistidas mais utilizado no mundo. A IVF envolve a remoção cirurgica de um ou mais óvulos do ovário, sua fertilização laboratorial com espermatozóides do parceiro masculino e posterior transferência de uma pequena selecção dos embriões resultantes para o útero a fim de ocorrer implementação e gravidez.

Indicações Femininas
Disfunção ovulatória moderada a severa; Obstrução tubar; Falhas de gravidez após ciclos de IIU.

Indicações Masculinas
Défice ligeiro da qualidade do sémen.

Indução do crescimento folicular (hiperestimulação controlada do ovário)
Indução do crescimento folicular com a administração subcutânea das hormonas antagonista/agonista hipotalâmico e rFSH. O crescimento folicular é monotorizado por análises sanguíneas (estradiol) e ecografias, cujos resultados também permitem ajustar as doses dos medicamentos. Geralmente demora 1-2 semanas. Há boa resposta quando vários folículos (3-8 por ovário) atingem 17 mm.

Riscos
Síndrome de hiperestimulação do ovário (<5%).(>95%) não necessita de internamento hospitalar.

Indução da maturação ovocitária e da ovulação
Administração da hormona hCG ou rLH (injecção única intramuscular) quando os folículos atingem 17 mm. Sob a sua acção, ocorre a maturação genética dos ovócitos e o crescimento final dos folículos até 20-30 mm de diâmetro.

Técnica laboratorial da FIV
Numa placa de cultura, colocam-se os folículos e espermatozóides (fracção swim-up) numa concentração de 50.000 por folículo ou por mL. A fecundação e o desenvolvimento embrionário ocorrem in vitro numa incubadora.


Transferência de embriões
Os embriões são transferidos para a cavidade uterina (transferência intra-uterina) num catéter, sob controle ecográfico. É um processo indolor que demora cerca de 5 minutos. Os embriões são libertados 1 cm abaixo do fundo uterino, à saída das trompas. Após a transferência, o catéter é avaliado no laboratório para confirmar que os embriões foram correctamente depositados na cavidade uterina. Nos casos em que não se consegue introduzir o catéter no colo uterino e nos casos em que os embriões não implantam por anomalia molecular dos receptores do endométrio, pode efectuar-se a introdução dos embriões directamente no endométrio (transferência trans-endometrial). Neste caso, a taxa de gravidez é menor devido à reacção inflamatória da picada. Trata-se de um procedimento indolor e sem complicações, efectuando-se sob controle ecográfico.

A transferência de embriões não corresponde à implantação. A implantação embrionária é um processo natural que ocorre ao 8º dia do desenvolvimento embrionário pré-implantação. Ou seja, se a mulher efectuar a transferência embrionária ao 3º dia, os embriões permanecem na cavidade uterina a desenvolverem-se até ao 8º dia, altura em que, eventualmente, adquirem a capacidade de penetrarem para dentro do endométrio.


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