quinta-feira, 13 de março de 2008

Mapa de variações de DNA pode ajudar a combater doenças

Cientistas de seis países estabeleceram os padrões das pequenas variações de DNA que distinguem as pessoas umas das outras, o que irá acelerar a procura dos genes promotores de doenças comuns como a diabetes.
O mapa representa "uma verdadeira mudança no modo como estudamos a genética das doenças", afirmou David Altshuler, o responsável do projecto, que inclui mais de 200 investigadores.

Os cientistas querem detectar genes relacionados com doenças como meio de diagnóstico, previsão e desenvolvimento de tratamentos.
Ao darem pistas sobre os suportes biológicos das doenças, esses genes poderão sugerir estratégias para o desenvolvimento de terapias.

O novo "HapMap" (do termo haplotipo usado na genética, que significa um grupo de variantes associadas) abre caminho ao lançamento da busca generalizada desses genes no DNA (ácido desoxirribonucleico), explicou Altshuler, que faz investigação no Broad Institute.

Não se sabe ainda quantos genes serão encontrados, nem qual a utilidade que terão, adiantou o investigador, acrescentando que este trabalho só produzirá novos tratamentos dentro de cinco a dez anos, ou mais.

O DNA humano consiste em mais de três milhões de blocos de construção cujas sequências formam genes, como as letras formam palavras. Para duas pessoas não relacionadas, essas letras são 99,9 por cento iguais. Mas isso permite a existência de milhões de diferenças de uma só letra, chamadas SNP (ou "snips") que explicam a variação genética entre as pessoas.
Por outro lado, permite aos cientistas usar grandes quantidades de SNP como marcadores para encontrar genes promotores de doenças ou determinar a resposta de uma pessoa a um determinado medicamento.

Não é ainda claro como é que o projecto contribuirá para a saúde humana, escrevem David Goldstein e Gianpiero Cavalleri, da Universidade de Duke, num editorial na Nature. Mas ajudará muito os cientistas a encontrar variantes genéticas que prevejam a resposta de um paciente a determinados tratamentos, que poderá um dia ser usada para guiar o tratamento dos pacientes, concluem.
São estas iniciativas que devemos louvar pelo seu carácter evolutivo ao nível científico e social e por proporcionarem a todos nós uma maior qualidade de vida.
www.iol.pt

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